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Anales de Investigación en Arquitectura

versão impressa ISSN 2301-1505versão On-line ISSN 2301-1513

Resumo

VEGEZZI, Filippo. Projetando a coexistência urbana: desafiando o especismo para espaços equitativos além das fronteiras humanas. An. Investig. Arquit. [online]. 2024, vol.14, n.1, e202.  Epub 01-Jun-2024. ISSN 2301-1505.  https://doi.org/10.18861/ania.2024.14.1.3762.

Este artigo examina criticamente os paradigmas predominantes da justiça ambiental e espacial, enfatizando as disparidades existentes nas políticas que predominantemente favorecem os interesses humanos, enquanto negligenciam os direitos fundamentais e o bem-estar das espécies não humanas. Apesar do crescente reconhecimento da importância de estabelecer uma conexão mais profunda entre os atores humanos e não humanos para o bem-estar geral, uma mentalidade pervasiva de especismo persiste, afastando os humanos do amplo mundo natural. Essa separação da natureza influencia profundamente a formulação de políticas e justiça, estabelecendo um viés que se concentra principalmente nas preocupações humanas e nas condições ambientais adaptadas ao bem-estar humano. Arquitetos e planejadores, apesar de possuírem o potencial para enriquecer habitats para várias espécies, frequentemente adotam abordagens centradas no ser humano que marginalizam entidades que não são humanas, restringindo seu acesso aos arredores imediatos dos territórios humanos e impedindo oportunidades para experiências imersivas na natureza. Este artigo defende uma mudança abrangente de paradigma nas práticas arquitetônicas, instando a uma abordagem mais inclusiva e equitativa que estenda a justiça espacial e ambiental para abranger as diversas necessidades e direitos tanto das espécies humanas como não humanas dentro do cenário urbano. As conclusões destacam a urgente necessidade de os arquitetos e planejadores reavaliarem suas abordagens, promovendo um ambiente que apoie a coexistência e reconheça a interconexão de todas as espécies. Diante das preocupações globais com a biodiversidade e dos frameworks internacionais como o Marco Global de Biodiversidade Kunming-Montreal, esta pesquisa contribui para o discurso sobre práticas de design sustentável e ético, defendendo um futuro em que a justiça espacial e ambiental amplie seu alcance além dos limites da experiência humana para criar uma coexistência respeitosa e justa com toda a comunidade ecológica.

Palavras-chave : Convivência; justiça mais que humana; design multiespécies; arquitetura ecológica; separação humano-natureza; aceitação social; especismo; vida selvagem urbana; habitats urbanos; conviver com a natureza.

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