SciELO - Scientific Electronic Library Online

 
 número6A máquina como exoconciencia literária em algumas obras de César Aira, Mario Levrero e Ricardo PigliaEmpatia e leitura literária: o caso do monólogo interior em Fräulein Else índice de autoresíndice de assuntospesquisa de artigos
Home Pagelista alfabética de periódicos  

Serviços Personalizados

Journal

Artigo

Links relacionados

Compartilhar


Humanidades (Montevideo. En línea)

versão impressa ISSN 1510-5024versão On-line ISSN 2301-1629

Resumo

GONZALEZ FERNANDEZ, Francisco. «Quero acordarmos»: o armário do Dr. Artaud. Humanidades (Montevideo. En línea) [online]. 2019, n.6, pp.95-128.  Epub 01-Dez-2019. ISSN 1510-5024.  https://doi.org/10.25185/6.4.

A vida de Artaud foi uma viajem por instituições mentais que deixaram traços profundos em sua concepção artística. Desde que entrou em contato com o corpo médico e se relacionou com seus psiquiatras, ele se apropriou de sua linguagem e técnicas, atribuindo ao poeta o papel de terapeuta de uma sociedade doente e decadente, na qual apenas uma arte que segure a crueldade funcional pode curar. Operação cirúrgica, peste e choques elétricos são algumas das metáforas que ele usará para ilustrar como acordar uma audiência que parecia ter sido hipnotizada pelo diabólico Dr. Caligari ou seu avatar, Adolf Hitler. A figura do Fürher, que Artaud sempre alegou ter conhecido pessoalmente, constituía para ele uma espécie de duplo sinistro que parecia ter distorcido suas próprias idéias sobre o Teatro da Crueldade. Diante de espetáculos hipnóticos que predispunham as massas a aceitar uma política higienista, racial e eugênica de uma crueldade desconhecida, Artaud procuro na medicina os meios para curar uma comunidade que havia perdido o sentido da vida e cujos indivíduos vagavam pelo mundo como se fossem sonâmbulos.

Palavras-chave : Artaud; teatro da crueldade; cinema; Hitler; psiquiatria; eletricidade.

        · resumo em Espanhol | Inglês     · texto em Espanhol     · Espanhol ( pdf )